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A CEIA DO SENHOR

”Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente”

Atos 4:29

Nos ÚLTIMOS DIAS DA IGREJA, antevéspera do ARREBATAMENTO, semear a Palavra de Deus, com certeza, é fortemente obstaculizada. Nessa ação, grandes desafios ou reações negativas são sentidos na IGREJA VERDADEIRA, aquela onde dois ou três estão reunidos em nome de Jesus. Mas em CRISTO JESUS somos mais do que vitoriosos. Desde o PENTECOSTE, a Igreja Primitiva pedia que o Senhor desse aos seus membros a capacitação adequada e a coragem para anunciar fielmente a Palavra. Assim, igualmente, a Igreja dos últimos dias também necessita dessa capacitação e, em todas as circunstâncias. A partir dessa capacitação, a Igreja passa a estar vitalmente relacionada com CRISTO

“Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós”. João 17:20 “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim”. João 17:21-23

Esta unidade incomparável, que até então só existia entre o Pai e o Filho, foi estendida a todos os NASCIDOS DE NOVO, membros da Igreja Verdadeira, habilitando-os para o testemunho divinamente exigido ao coração de cada crente e, designado para Deus a respeito da sua confiança na morte eficaz de Cristo, durante a celebração da CEIA DO SENHOR. “Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha”.

1 Coríntios 11:26

As palavras “todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice” indicam a liberdade sob a graça em todos os tempos e estações, isto é, relativamente à frequência na participação da Ceia do Senhor. “Todas as vezes” sugere recomendação para que o testemunho do coração para Deus, pelo qual a morte do Senhor é apresentada, assim continue “até que ele venha”, ou seja, até o Arrebatamento da Igreja. Como a ressurreição é celebrada para adaptação da observância do dia do Senhor à cada semana, não fica dúvida quanto ao fato de que é bom celebrar a morte de Cristo o mais frequentemente possível, ou até mesmo, diariamente.

Por toda a Bíblia, ninguém jamais satisfez tão completamente ao serviço perfeito de um profeta quanto o Cristo de Deus, aquele de quem falou Moisés – “O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis”. Deuteronômio 18:15 Como também disse a Moisés o próprio Senhor - “Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas”. Deuteronômio 18:18-19

Conquanto a ideia principal de Deuteronômio é Israel em imediata relação com o Senhor, cerca de quatro mil anos adiante, revela-se que “No princípio era o Verbo, e Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas com por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”. João 1:1-5

Tanto a expressão grega Logos no Novo Testamento, quanto a aramaica Menra do Velho Testamento, revelam igualmente a Deus. Mais abrangente, Logos que significa um pensamento ou conceito ao mesmo tempo que é uma declaração desse pensamento, confirma a mais perfeita designação de Cristo, ou seja, o VERBO ENCARNADO.

O terceiro e último dos discursos de Cristo se encontra nos capítulos 13 a 17 de João, e ainda que tenha sido apresentado aos discípulos como os outros dois (Sermão da Montanha e Sermão do Monte das Oliveiras), tem um caráter bem distinto e um propósito mais determinado que aqueles. O leitor atento que discerne bem a Palavra de Deus deve estar inteirado de que está frente a uma doutrina que corresponde somente à DISPENSAÇÃO DA IGREJA na era presente, e de que, diferentemente do Sermão da Montanha e do Monte das Oliveiras que estão relacionados com o fim da DISPENSAÇÃO DA GRAÇA, abarca exclusivamente o chamamento de judeus e de gentios, para que todos aqueles que creram ou vierem a crer na VERDADE a respeito de Deus, na SANTIDADE, no PECADO e na REDENÇÃO pelo SANGUE sejam transformados pela graça redentora, e se constituam no Corpo e Esposa de Cristo.

A partir dessa confissão de fé, a verdade relacionada com a Igreja, o povo celestial, fica claramente assentada no coração dos SALVOS, mas apenas destes, nas porções posteriores ao Discurso no Cenáculo, ou mais especificamente, a partir de todos os textos bíblicos que vem depois dos Evangelhos sinópticos. Como este povo celestial irá se distinguir, desde então, de todas as outras gentes que existem sobre a terra, tinha que haver uma revelação específica designada para esse povo. Existe esse corpo da revelação, e seu primeiro pronunciamento o fez o próprio Cristo no Cenáculo ou Aposento Alto. O discurso do Aposento Alto é, portanto, a voz de Cristo, e é o fundamento no qual se baseiam as posições, as possessões e os privilégios do Cristão.

É especialmente certo que, se compreendermos exatamente os ensinamentos de Cristo no Cenáculo, iremos nos inteirar cabalmente do que é puramente cristão em seu caráter. É notório que houve uma transição evidente apesar do curto espaço de tempo decorrido entre o discurso do Monte das Oliveiras, que foi dirigido aos discípulos em sua condição de representantes do judaísmo, e o discurso do Aposento Alto, dirigido a estes mesmos homens, mas não mais em sua condição de pessoas regidas pela lei judia, que conforme João 15:25, diz: ”Mas isto é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa", mas sim na condição de pessoas lavadas pela Palavra que o Senhor lhes havia falado em João 13:10 "Aquele que se banhou não necessita de lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo; e vós estais limpos, mas não todos. Pois ele sabia quem o estava traindo; por isso disse: Nem todos estais limpos" e em João 15:3 "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado". E não há transformação maior do que a que afirmou Cristo quando disse: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não são do mundo como eu do mundo não sou”. João 17:14,16

A partir deste momento os discípulos passam a estar vitalmente relacionados com Cristo, como indicam estas palavras: “Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós”. João 17:20. Assim foi estendida aos discípulos, ou melhor, à Igreja Verdadeira, a unidade incomparável que até então só existia entre o Pai e o Filho. A respeito desta unidade disse Cristo: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim”. João 17:21-23

A estes mesmos homens, desta feita, foi entregue todo o corpo da doutrina, e daí em diante eles firmaram suas relações em torno da Direção d’Aquele que morreu por eles, e com quem eles se levantarão na nova vida. O tempo de levar a efeito este discurso está estabelecido claramente: deveria começar a valer imediatamente depois da morte, ressureição e ascensão de Cristo, logo depois da vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Compare-se João 13:7; 16:12-15; 17:13,14,16. Não se havia introduzido essa classe de doutrina nunca antes no mundo. É estranha a todas as Escrituras que antes foram escritas.

Sete doutrinas principais são apresentadas no discurso, mas não são abordadas em forma sistemática e ordenada. A informalidade se demonstra no fato de que Cristo voltou a falar dos mesmos assuntos várias vezes. Ele se referiu três vezes à oração e, pelo menos cinco vezes ao novo ministério do Espírito Santo. Geralmente os expositores deste discurso incluem nele a oração intercessora que se encontra no capítulo 17. O versículo 13 desse capítulo relaciona essa oração com o discurso: “Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa”. Há que se notar também, uma pequena referência nesta parte da Escritura ao caminho da salvação e à base sobre a qual ela repousa.

Nos primeiros 12 capítulos de João se declara o Evangelho da divina graça para os perdidos. Começando no capítulo 13, se apresenta a verdade que é aplicável somente aos que são salvos. Mesmo em João 16:7-11, que define a obra do Espírito para os incrédulos, não há uma mensagem direta para eles, mas sim para os crentes em Cristo, sobre o incomensurável valor de dar o testemunho cristão e de efetuar atividades para a salvação das almas. Os seguintes principais temas são incluídos nesse discurso: (a) Uma nova relação com Deus, (b) limpeza e comunhão ininterruptas, (c) a permanência em Cristo para poder dar frutos, (d) uma nova relação com o Espírito Santo, (e) uma nova relação entre os crentes em Cristo, (f) uma nova base para a oração, e (g) uma nova esperança.

Nas Epístolas, especialmente em Romanos, o ato supremo de Deus que consuma todas as suas poderosas obras para salvação do crente em Cristo é a justificação; Uma justificação que é o reconhecimento por parte de Deus da perfeição que o crente em Cristo acha em seu Salvador, a qual se torna corretamente possível somente por causa da verdade de que o salvo em Cristo está tão vital e eternamente unido com Ele que participa real e completamente no que Cristo é. Cristo, digamos assim, é a Justiça de Deus. Estar em Cristo é, então, a maior realidade que pode caracterizar o ser humano.

Tão certo como o homem se torna participante da condição a que Adão chegou por causa da sua queda, de igual modo é certo que o crente em Cristo, por causa do seu novo nascimento e de sua união com Cristo mediante o batismo do Espírito, participa do que Cristo é, e nEle se inclui na Justiça de Deus. Esta é a maior de todas as realidades, ou seja, que a justificação não torna justo ao crente em Cristo, sendo apenas o reconhecimento divino da proclamação do fato de que o crente em Cristo é justo. Assim, subsiste a fórmula enunciada que é esta: O crente em Cristo é justo porque está em Cristo e é justificado porque é justo. Deus não poderia ser justo e deixar de justificar a aquele que, por estar em Cristo, foi feito justiça de Deus. Diante disso, pode-se dizer que a nova criação é a entidade formada mediante a união do Cristo ressuscitado com aquele que está nEle.

Dessa união com o Filho provida soberana e graciosamente pelo Pai, surge a Igreja, que a partir do Pentecostes será revelada como o Corpo de Cristo e passará a ser reconhecida como a Esposa de Cristo. É esta Assembleia de Crentes que se incorpora a Cristo, conforme está escrito: “De modo que se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. II Coríntios 5:17 “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quanto fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Gálatas 3:26-28 “Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura”. Gálatas 6:15

Cabe aqui um alerta importante quanto ao grande erro doutrinário, que tenta induzir todas as novas criaturas, a crerem que tudo isto se aplica também aos santos do Antigo Testamento, esquecendo-se de que “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Não poderia haver santo perfeito, quanto a sua posição, enquanto não houvesse a ressureição de Cristo, a única fonte de justiça que Deus conta no pecador. Por outro lado, não há cristão na presente dispensação que não tenha sido aperfeiçoado por causa da sua posição em Cristo; não há cristão, portanto, que não seja justificado para sempre. Nesta verdade que excede a todo o entendimento se baseia tudo o que se revela no Novo Testamento. Para qualquer observador, por mais casual que seja, tem que ser óbvio que tal relação não se contemplou no Antigo Testamento, nem nos Evangelhos sinópticos, nem mesmo no Evangelho de João, até o momento em que se dá o discurso do Aposento Alto.

A NOVA RELAÇÃO COM DEUS: os primeiros 12 capítulos de João – com exceção do relato da discussão de Cristo com os judeus – apresentam o Evangelho da Salvação pela Graça. Mas, sem dúvida, sua expressão mais contundente, o Estar em Cristo Jesus, não apareceu nesse Evangelho nem em nenhuma parte do Texto Sagrado até chegarmos ao Discurso do Cenáculo, revelado nos capítulos 13 a 17 de João. Somente a partir dali é revelado que o crente está em Cristo. Mais precisamente, a primeira menção sobre esta união vital e orgânica de Cristo com os que nEle creem, se acha em João 14:20: “Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós”. Até mesmo o conhecimento desta união maravilhosa se posterga até “naquele dia” que, segundo o contexto é o dia de Pentecostes, ou seja, o dia do advento do Espírito Santo ao mundo. Não há revelação mais profunda com respeito a esta relação que a que se expressa nestas palavras: “e vós em mim, e eu em vós”.

Toda a revelação da Graça está compreendida nesta relação bipartida. Estas são obras monumentais realizadas pelo Espírito Santo. O estar em Cristo é uma relação consumada pelo batismo do Espírito Santo; o ter a Cristo morando na vida é uma relação operada pelo poder regenerador do Espírito. Esta união vital com Cristo não se anuncia somente para os judeus que eram discípulos dEle, mas para todos aqueles que o Pai tem dado ao Filho. Esta é a primeira vez na história humana em que esta verdade alcança a sua existência real. A verdade concernente à união vital com Cristo e tudo o que essa união garante, volta a ser repetida pelo Senhor em João 15:2 “Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto”.

Para melhor entendermos, vale a comparação com João 17:21-23 “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu enviaste a mim, e que o tens amado a eles como me tens amado a mim”.

Da mesma maneira, Cristo declara que o crente nEle é tirado do mundo, e fica tão desconectado do mesmo como Ele próprio, conforme expressa João 15:18-19 "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia”.

Mas acima de tudo, essa verdade absoluta é enfatizada pelas seguintes palavras do próprio Senhor Jesus: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. João 16:33 e "Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”. João 17:14,18 É sumamente significativa a inclusão que o Senhor faz nesta oração no versículo 20: “Mas não rogo somente por estes, mas também pelos que hão de crer em mim pela palavra deles”.

Assim se garante que os que creram por meio da mensagem dos discípulos são igualmente participantes de tudo o que revela esta incomensurável oração, além do que é igualmente significativo que Cristo não orou pelos santos da era judaica. Ele orou por aqueles que creriam, confirmando que os santos do Antigo Testamento não estavam relacionados com Deus com base na fé no Salvador. A oração se restringe claramente aos que são salvos somente pela graça nesta dispensação. Desta oração se deduz que foi introduzida no mundo uma obra divina completamente nova, até mesmo para os discípulos. Nesta oração, o Salvador se refere aos que nEle creem sete vezes utilizando o mesmo nome, que deve ser considerado como uma das mais altas designações para os cristãos, tanto no céu quanto na terra, referindo-se a eles como “os homens que do mundo me deste”.

Tal classificação jamais havia sido empregada para nenhuma gente neste mundo. É uma denominação absolutamente estranha aos grupos posteriormente preditos nas profecias, razão pela qual somos convencidos a aceitar que a presente época, predita pelo Senhor neste discurso, é tão alta quanto o céu como propósito divino e contempla um povo celestial completamente diferente de todos os povos que tivessem já existido ou que haverão de existir sobre a face da terra.


COMUNHÃO ININTERRUPTA: Na ordem em que Cristo enfocou os temas que trata no discurso, o primeiro ponto é a limpeza do crente em Cristo e a comunhão ininterrupta com o Pai e com o Filho... (Continua)

PERMANÊNCIA EM CRISTO:

RELACIONAMENTO COM O ESPÍRITO:

RELACIONAMENTO ENTRE OS CRENTES:

A BASE DA ORAÇÃO:

O RETORNO PROMETIDO:

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